sábado, 27 de julho de 2013

Para onde vão as mulheres negras?


Permita-me confessar que, para música, sou conservador. Aprecio música clássica porque fisicamente é uma música completamente distinta, que pode propiciar algum espaço de contemplação em um mundo repetitivo e descartável. Aprecio Jazz porque concordo com Hobsbawm, para o qual o classicismo da música é alimentado pela vivacidade e sentimentalismo dos músicos negros, a ponto de, quando o escuto, fecho os olhos e começo a balançar involuntariamente, ainda com a vergonha de um desajeitado para a dança. Aprecio muitos sambas porque sinto a sofreguidão de um povo martirizado e a força que essa música alcançou em partes do Brasil, deixando marcas profundas na subjetividade do brasileiro, assim como o Hip Hop, que marcou culturalmente qualquer paulista e paulistano como o samba marcou profundamente os morros cariocas, deixando, assim como samba deixou o malandro carioca, o mano, outra figura social hoje importante e impossível de ser ignorado. Da mesma forma que não é possível ignorar a importância do samba para a constituição do carioca, não é mais possível ignorar a importância do Hip Hop para a constituição do paulista. Se a música apetece ou não as elites ou gosto pessoal, tornou-se algo secundário.
O resto... confesso que sou ignorante por decisão e, por conseguinte, preconceituoso. Odeio o sexismo misógino da bossa nova, em que os homens objetuam as mulheres de forma simplista e despreocupada enquanto as mulheres intérpretes martirizam-se pelo homem fugidio. “Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça” e blá blá blá. Odeio a falta de compromisso, não com a política, porque entendo que arte não necessita possuir vinculação direta, mas com a realidade mais factual do brasileiro, ainda que aprecie muito a estética africana dos sambas-candomblé de Vinicius de Morais. E, confesso, não gosto de funk. Acho-o tão sexista misógino quanto à bossa-nova, sobretudo quanto cantado por homens. Confesso que não acho muita diferença entre chamar uma mulher de coisa linda e cheia de graça e dizer que ela tem que rebolar em seu pinto. Ah, um é mais poético do que outro... Sei, sei. Seria por isso que as Mulheres de Chico sejam tão importantes para as mulheres de classe média?
Entretanto, uma coisa no funk me chamou a atenção desde o início. O papel das cantoras, um papel que as minas não conseguiram construir, infelizmente, no Hip Hop, mundo cão extremamente machista. Algumas cantoras de funk têm um papel diferente das cantoras de todos os outros estilos musicais que odeio. Elas têm desejo. Na bossa-nova, elas têm sofrimento submisso pelo abandono; no funk, elas desejam os homens e os descartam quando o desejo encerra. Óbvio que isso encerra o fetichismo do desejo imediato da sociedade contemporânea, mas, se o homem pode tê-lo, por que não a mulher? Ser mecanicamente contrário a isto seria como, sendo hippie, ser contrário ao programa Bolsa-Família porque ele coloca contingentes populacionais às portas do consumismo.
A minha grande “heroína” nesta emergência política de um ritmo musical que não gosto é Deize Tigrona, desaparecida e vetada do mainstream. Poderia usar aqui a Taty Quebra-Barraco, ou qualquer outra semelhante, mas vou usar a minha “heroína”. Mulher, negra, favelada e ex-empregada doméstica. Tem todo o pacote da dominação sexista e racista da casa grande. Uma mulher boa para cozinhar, segundo corolário popular. Uma mulher da senzala, mas de boca suja para os padrões puritanos do cristianismo brasileiro que vai ao terreiro às sextas-feiras e à missa aos domingos:

Não conseguiu me comer
Agora, quer me esculaxar
Se liga seu otário no papo que eu vou mandar
Então, pára de palhaçada, deixa de gracinha,
Eu dou pra quem eu quiser, que a porra da buceta é
minha.
Então, É minha, é minha, a porra da buceta é minha
Então corre pro banheiro vai tocar uma punheta
Eu dou pra quem eu quiser a porra da buceta 
É minha, é minha, é minha..
É minha, é minha, a porra da buceta é minha
É minha, é minha, é minha..

A porra da buceta é dela. Não há o que questionar porque é óbvio. Está no corpo dela, faz sentido que seja dela. Mas não é tão óbvio. O óbvio aqui é se perguntar por que uma mulher tem necessidade de gritar que o órgão genital que está em seu corpo lhe pertence. Simples, porque, na práxis, não lhe pertence. Pertence às práticas sexistas e racistas que lhe constrangem o direito de escolha e impõem uma norma de socialização da prática sexual, em que o homem assume a dianteira, a coisifica, mesmo chamando-a de linda e cheia de graça, e a descarta em busca da buceta perdida. No caso dela, há uma amalgama de sexismo e racismo, em que ela, mulher negra, não possui outra coisa a fazer diante de um homem do que dar, porque mulher negra seria naturalmente safada e sexualizada, disponível a qualquer homem. Que diga as históricas propagandas da Empresa Brasileira de Turismo, até hoje no imaginário do europeu, e o Sargentelli. No caso dela, negra de pele escura (não mulata), os condicionantes de escolha são mais impositivos e autoritários.

Que playboyzinho, principalmente os mais velhinhos, não tem uma historinha para contar com a empregada? Uma historinha que poderia ser, sem constrangimentos, comparada às histórias de iniciação sexual dos filhos dos senhores de escravos? O fato é que essa imagem tem força social, e ingênuo é aquele que a despreza. Contudo, talvez Deize não tivesse escrito a letra para um playboyzinho, mas para um homem de sua quebrada, o que é provável. A imagem social sexista e racista sobre a mulher negra é tão forte que isso é transpassado também aos homens que não possuem empregadas, que são da quebrada dela e são, inclusive, negros.
Mas continuemos no funk, meio didático. Mas da Deize Tigrona passemos para a emergência midiática atual: Anita, a protagonista do funk mela cueca. Anita é produto da política deliberada de embranquecimento e normalização de práticas do mercado de entretenimento. Essa política, ao contrário do que se pensa, não se restringiu à política varguista no Estado Novo. Pelo contrário, essa política está impregnada no cotidiano e faz parte da indústria do entretenimento e das relações de poder. Diria que é algo estruturante no capitalismo brasileiro, como bem demonstrou Florestan Fernandes e Roger Bastide, em oposição a Gilberto Freyre.
Esse tema é atualmente fruto de trabalhos científicos nos EUA, e muito pouco no Brasil, talvez porque as poucas pesquisas corajosas que se aventuram nessa seara naufraguem em virtude da ideologia da miscigenação ou do institucionalismo do debate étnico-racial. É possível entender a conjuntura política de institucionalização das pautas históricas do movimento negro em políticas públicas, mas é preciso retomar o debate dos condicionantes da subjetividade das questões étnico-raciais e remeter-lhe críticas objetivas.
Há na mídia uma política deliberada de embranquecimento. Entretanto, essa política não nasceu com a mídia. Ela a reproduz, mas a produz também quando a joga na casa de milhões de brasileiros. Ela, ao formular o discurso oficial, oficializa um padrão estético de comportamento social. Valida valores e símbolos e deprecia outros. O mercado de entretinimento valida um padrão de artista, sem dúvida, e não me venha com essa de que quem faz sucesso o faz unicamente por suor. O mercado de entretenimento procura um padrão já criado por ela mesma ao longo de anos, forja esse padrão no escolhido e o coloca no lugar correto, mais ou menos como faz com os sotaques regionais dos repórteres.
Isto fica evidente em todos os ramos do mercado de entretenimento vinculados à mídia, sobretudo propagandas, novelas e música. Mas deixemos a novela e as propagandas de lado porque gostaria de focar na ironia da situação, que consiste na produção do mercado de música. Ocorre que as músicas brasileiras são, basicamente, músicas de matriz africana, ou músicas com forte matriz africana. Samba, pagode, axé, mesmo bossa-nova, chamada corretamente de jazz brasileiro nos EUA – nada tira da minha cabeça que é jazz com samba cantado com preguiça e sem sentimento –, e, agora, funk.
Fiquemos, para não nos alongar em demasia, em três: axé, pagode e funk. Iniciemos por axé.
O axé é o agrupamento das divas baianas. Teve-se a primeira notícia deste estilo no Brasil, de forma massifica, com Daniela Mercury, mas seu auge foi no carnaval racista de Salvador com a polarização de duas divas: Ivete Sangalo e Cláudia Leite.
Sem entrar no mérito da habilidade vocal e artística e das fantasias ridículas das duas, constata-se que ambas são colocadas no topo do cenário musical nacional em detrimento de outras cantoras, como Margareth Menezes. Uma não tem mais talento do que outra. Elas simplesmente foram e são escolhidas, forjadas pelo mercado do entretenimento, pelo que representam. “Ah, elas têm vozes belas”. Não tem, e se tivessem, outras centenas também têm. “Ah, elas fazem boas músicas”. Não fazem, e quem as faz são compositores contratados do mercado que produzem músicas de acordo com os padrões estéticos de rádios e TVs – cadê a guitarra de Armandinho? Não é estranho que duas cantoras brancas simbolizem o carnaval da Bahia em detrimento de cantoras negras? Sim, mas é algo deliberado pelo mercado, uma não possui mais talento do que outra (ainda que quase todos os críticos musicais dê mais bala na agulha a Margareth), mas o fato de serem brancas faz com que fiquem mais expostas no mercado, porque são mais afeitas ao mercado como um todo, incluindo propagandas e estabelecimento de negócios vultosos com programas de televisão.













O caso das divas baianas mostra que o famigerado sucesso é algo cavado, dependente de relações comerciais do mercado do entretenimento. Nesse sentido, o negro é preterido em função de a imagem contradizer a construção histórica do próprio mercado, pautada na imagem do consumidor branco em uma sociedade em que raça é estruturante das relações de classe. Historicamente, os ritmos musicais brasileiros possuem baluartes, sumidades, seres intocáveis, muitos negros e alguns mortos e mudos. Contudo, não fazem parte do circuito do mercado da música que dá dindin.
O caso do pagode é mais simbólico. Ele é dominado por homens negros. Ao contrário do axé, que possui um mercado secundário para mulheres negras, o pagode nega a existência das mulheres negras. Elas não participam de nenhum grupo e, mais, não compõem nem o staff do mercado, o que inclui as pagodeiras oficiais dos grupos. Lógico que compor tal staff é sexismo puro, pois o espaço dado é o sexual. Mas não compor indica que há uma negação totalitária da mulher negra, na qual ela não pertence nem à subjetividade do meio musical.
Isso pode ser averiguado na escolha de parceiras sexuais dos músicos. As escolhas restringem-se a mulheres brancas. Mas por que isto ocorre? Por que homens negros que obtiveram sucesso preferem mulheres brancas?
A resposta é óbvia, mas a fim de não ser chamado tolamente de racista e contrário ao relacionamento inter-racial – é um texto de constatações –, trago uma pérola de Florestan Fernandes e Roger Bastide, quando estes, em meio à ideologia da democracia racial, concluíram o óbvio em uma pesquisa solicitada pela ONU. Concluíram que há racismo (óóó), e o racismo não se resume ao Estado, mas está nas práticas sociais, o que significa que todos somos racistas, independente da raça, sexo e classe. Sabe aquela pesquisa que quase todos respondem que há racismo mas que quase todos dizem que não são racistas? Os autores cristalizam uma realidade racista, em que negros e brancos utilizam-se de muitos artifícios sociais para movimentar-se na sociedade racista e de classe.  Há amor em SP? Lógico, mas o amor não é transcendental por si, ele é condicionado pelas relações sociais. Nunca vi um rico amar à primeira vista um gari! E se existir um caso parecido, faça um favor à intelligentia, trate-o como exceção. A vida real não é novela.
Em Negros e Brancos em São Paulo, os autores afirmam:
          É que a miscigenação segue vias mais complicadas e mais sutis. O casamento entre um branco e uma preta é relativamente raro. Mas faz-se, aproveitando-se das diferenças de nível econômico e das fissuras de grupos, entre um preto e uma mulata escura, entre um mulato escuro e uma mulata ligeiramente mais clara, e assim por diante, até a mulata “passável” que se casa com branco. Acabamos de dizer que três quartos dos pretos interrogados não aprovam o casamento fora da cor, mas é preciso acrescentar que o ideal, para todo rapaz, permanece “uma moça de pele mais clara que a minha”. Até os racistas mais convictos foram de tal forma influenciados pelas concepções estéticas do meio branco que consideram a branca como o seu ideal de beleza e se casam com moças que, pelos seus cabelos lisos, pelo seu nariz afilado, ou o seu tom de pele, se aproximam desse ideal “ariano”.
          Compreende-se melhor por que é o mulato que, na opinião de todos, manifesta o preconceito mais tenaz contra o preto. É que ele não quer recuar, do mesmo modo que, entre os brancos, o operário que chegou a uma boa situação tem mais ambição para os filhos, em matéria de casamento, e é o que mais se opõe a qualquer “decadência” (...) Não há nenhum paradoxo nisso, como o julgam os brasileiros brancos. É a consequência lógica de toda a política nacional, a do embranquecimento progressivo da população e também da ascensão do grupo preto na escala social, o mulato sendo sempre preferido ao preto na obtenção dos empregos (2008, p. 189).
Ao contrário de Freyre, que tinha o relacionamento inter-racial como prova da democracia racial em oposição ao racismo estadunidense, os autores defendem que o relacionamento inter-racial está submetido a regras de mobilidade social em uma sociedade na qual a raça e a classe embrincam-se. A mulher branca ou de pele mais clara significa, para o homem negro, ascensão, cuja objetividade das regras de mobilidade social subjetiva-se nas práticas sociais do amor. Em suma, o casal se ama, mas não é incondicional.
A mulher negra no pagode resume-se a grupos iniciantes e que não fazem sucesso, a grupos que ainda realizam shows nas periferias. Mas, quando um grupo ascende minimamente, os homens que os compõem “escolhem” mulheres brancas ou de pele mais clara, a fim de expressar a mudança social conquistada. A conquista não é plena se os símbolos da ascensão não forem conquistados, o que inclui a parceira sexual. Isto vale também para o futebol e todos os espaços em que o negro possui possibilidade de ascensão social, normalmente no âmbito da cultura e do esporte.
Isto é uma constatação. Acha besteira e racista, observe o Censo de 2010, onde se conclui que as mulheres negras são as que menos se casam e maioria no que o IBGE chama de celibato definitivo, mulheres de 50 anos ou mais que nunca se casaram. Se vivemos em uma democracia racial, onde todos são belos, por que a desproporção?
Outro caso singular e recentíssimo é o que se convenciona chamar de funk ostentação. A ascensão aqui corresponde à ostentação desmedida do capital, carros de luxo, joias, roupas caras, mansões e mulheres brancas.

Voltemos para o funk de cantoras. Observe o caso Anita X Deize Tigrona/Tati Quebra-Barraco. O funk, ritmo musical recente, ainda está repleto de negros, o que é um problema para o mercado do entretenimento. A Anita repete de certa forma o caso das divas baianas, procurando, assim como o mercado fez com os axés mais africanizados, higienizar o funk, pasteurizando-o em uma sensualidade tosca para o público infanto-juvenil. Digo sensualidade tosca porque ela não significa nada com nada, possui apenas o apelo infanto-juvenil da masturbação para o público masculino e da imitação para o público feminino.

Obviamente, Anita embranquece e higieniza o funk e reforça o sexismo de forma tola. Não acha Anita sexista? Faça o seguinte: vista uma roupa parecida, faça a mesma dancinha com a bunda, tire fotos e grave; depois, respectivamente, poste no facebook e no youtube.
Foto: Quer saber como detectar o sexismo? Inverta os generos que protagonizam a campanha publicitária. Se o resultado for sem sentido e tendendo ao ridiculo, normalmente será sexista.

Via: Orbita Diversa
Deize Tigrona não venderia sabão em pó, acredite. Ela foi empregada doméstica e sabe a merda que qualquer sabão em pó faz nas unhas e nas mãos. Anita é uma poderosa, não deve saber nem a diferença entre sabão em pó e sabão em pedra, e exatamente por isso, venderia qualquer sabão em pó ou pasta dental com sorriso fácil e rebolado cheio de malemolência. Ela possui cabelo liso, venderia qualquer xampu. Ela é violão, venderia qualquer calça justa irrespirável. Ela não é favelada, venderia qualquer desodorante e perfume. Ela parece ser alfabetizada, venderia qualquer revista inútil de fofoca.
Esse é o mercado de entretenimento, que se baseia no imaginário racista, sexista e de preconceito de classe construído historicamente no Brasil. O racismo e o sexismo são partes estruturantes do capitalismo brasileiro, e é por isso que é necessário entendê-los.
Contudo, não é restrito ao Brasil. Nos EUA, essa política explicitamente é alvo de críticas há muito tempo. O mercado por lá, ideário hedonista dos liberais de plantão, utiliza-se do embranquecimento real de artistas, a fim de ganhar mercado, muito em função da impossibilidade de negá-los após a conquista dos Direitos Civis. Não falo do Michael Jackson, mas de casos pouco conhecidos no Brasil e razoavelmente estudados por lá, como Beyoncé e Whitney Houston. No Brasil, talvez o embranquecimento real expresse-se mais no alisamento do cabelo.






Há hoje uma grande marcha em curso, que objetiva embranquecer e higienizar todos os espaços. A Copa do Mundo e as Olimpíadas vêm servindo de bom bode expiatório para o embranquecimento e a higienização. Eu e minha esposa fomos à abertura do Maracanã e ficamos impressionados com a quantidade de negros. Na minha seção, éramos os únicos negros, situação semelhante de quando fomos à Ópera, onde pagamos R$ 40,00 em oposição aos R$ 100,00 do Maracanã. O embranquecimento hoje passa pelas desapropriações, pela introdução de regras e preços que impedem o acesso a lugares antes ocupados por negros, como os estádios de futebol, e pela ação militar do Estado (recomendo a leitura do texto de Juca Kfouri no link http://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/2013/06/1290467-branquearam-o-futebol.shtml).

Nessa marcha do embranquecimento, a mulher negra tende a ser solapada, depreciada e esquecida.

Dia 25 de julho foi dia da mulher negra nos países latino-americanos. É sabido que o brasileiro não se sente latino-americano, assumindo muitas vezes a visão torta do estadunidense passada por Hollywood sobre os povos da América Latina, mas o fato é que o eugenismo da raça e a higienização da cultura negra, objetivando transformá-la em algo comercializável, estão fortes como nunca e caminham de mãos dadas e passos largos. O futuro da mulher negra é nebuloso. Além de necessitarem de práticas políticas baseadas em olhos nos olhos, necessitam que respeitem seus cabelos, brancos [e negros].


L.F.S.



2 comentários:

  1. Embora não concorde necessariamente com o gosto musical do autor, o texto é perfeito. Outro jornalista que há tempos luta contra a "higienização" dos estádios é o Lúcio de Castro: http://www.espn.com.br/post/193809_o-fim-da-escravidao-no-brasil-e-as-arenas-de-2014

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